quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A volta do mundo colorido.


Há dias em que a escuridão faz-se presente em nosso ser.
Torna-se difícil deixar qualquer faixo de luz entrar.
As dores acentuam-se, é possível sentir cada dor daquela ferida que você um dia sonhou ter cicatrizado.
Pode ser mesmo que as feridas tenham se tornado cicatrizes e como tais continuem a incomodar. Por mais que tentemos ainda podemos sentir cada corte em carne viva, é como se nossa dor estivesse em eterna exposição.
Talvez sejam como as flores da primavera que permanecem na memória mesmo quando as deixamos para trás como aquilo que pensávamos ser a beleza mais completa existente.
As coisas parecem estar sempre fora de lugar.
Tentei por inúmeras vezes te esquecer e quanto mais tentava, mais vivo na minha memória estavas.
Hoje o que me faz forte é a espera pela chegada do sol. Sol que reafirma a mudança das estações, sol que traz a luz forte do verão, o calor que esquenta meu coração e o desejo do novo.
Respiro! Encho os pulmões de vida.
Arrisco!
A vida se desenvolve em ciclos, ciclos de eternos recomeços.
Chegou a hora recomeçar!
Levanto, sacudo a poeira, junto os cacos do que um dia imaginei ser e enfim, recomeço.
Bem- vindos ao meu novo mundo...um mundo bem mais colorido!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Papo sério.


Vivemos em uma sociedade que estabelece seus padrões de beleza de forma autoritária e cruel, menosprezando todo aquele que não se encaixa neste perfil estabelecido. Ser bonito é sinônimo de ser magro.

Na década de 50, Marilyn Monroe era considerada o modelo de beleza feminina, hoje talvez fosse apontada de forma veemente como “gordinha” ou como uma mulher fora dos padrões estéticos vigentes.

A originalidade de uma mulher se tornou algo postiço, com aplicações de silicone, bumbum arredondado lipoaspiração, limpeza de pele de todos os tipos, maquiagem definitiva, unhas postiças e tudo aquilo que possamos imaginar, nós mulheres tentamos nos adequar ao que dita a moda. A crença perdura e a beleza feminina já não é tão natural assim.
A mídia é a maior responsável pelo estimulo e manutenção dos padrões de beleza impostos pela indústria estética.

Mas e a pergunta que não quer calar: “- Porque é mesmo que eu estou escrevendo isso?”
Bem, é simples...talvez porque eu também tenha me sentido um pouco vítima desse padrão estereotipado de beleza.

Desde menina nunca fui “magrinha”, muito pelo contrário sempre fui digamos “rechonchuda” mas nada que beirasse a obesidade. Na adolescência, entre meus 14 e 17 anos fui classificada vulgarmente como “A boa”: formas arredondadas, seios volumosos.

Devo confessar que o fato de ter seios fartos sempre me incomodou. Nunca convivi bem com isso...sentia muita vergonha, tanta que chegava a andar com os ombros curvados na ilusão de que isso fosse diminuir o tamanho deles. Decote? Isso não fazia parte do meu guarda-roupas. (mais isso é outra história).

Quando tinha 17/18 anos, tive uns probleminhas de saúde e engordei muito (o equivalente a 20 kg) e como sou baixinha, meço 1,58 m, esse ganho de peso ocasionou uma sensação visual muito maior,passei então a ser considerada “A gorda”, mas isso de forma alguma me transformou numa pessoa infeliz. Talvez tenha me tornado uma pessoa mais introvertida, insegura.

Quatro anos se passaram, e então resolvi mudar isso...procurei ajuda médica descobri que tenho hipotireodismo (o que provoca certa dificuldade em perder peso) e sob orientação da minha nutricionista perdi 14 kg em dois meses (Santa Dra Lúcia Helena). Claro, perder isso não foi tarefa fácil, contou com um sacrifício incrível da minha parte, passei a controlar meus horários de refeições e a ter hábitos alimentares mais saudáveis. Pois bem, perdidos esses tais 14 kg, fui me tornando uma pessoa mais segura e menos introvertida, mas o que me chamou mais atenção foi a reação das pessoas... As mesmas pessoas que antes se espantavam com minha gordura hoje comentam: ”Nossa como você ta magra, cuidado pra não ficar anorexa.”
Sinceramente, não entendo. Mas, enfim...o que importa é que gorda ou magra, sinto-me mais feliz e saudável do que nunca.

sábado, 15 de agosto de 2009

Sentimentos.


Tento fugir do inevitável
O vento trás um perfume que insiste em se fazer presente em minha lembrança
Na memória trago o seu sorriso
Mas porque apareceste assim na minha vida?
Eu estava em paz quando você chegou

Meus pensamentos flutuam
Porque tem que ser assim?
Eu tenho medo de esquecer como é sonhar
Sentimentos que vou guardando só pra mim...

Sigo assim, tentando desvendar as verdades do meu coração
Atraindo o que de concreto a vida me reserva
O passado?
Ele realmente passou ( por mais que não pareça)


De fato, é preciso renovar.
O amor existe e me preencherá novamente no momento certo
Nascemos essencialmente para isso: AMAR!
Caminho em busca do amor como complemento do coração sincero
Amor capaz de se culpar por não conseguir ser completo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

...


Às vezes me sinto um personagem de alguém...
Isso é incômodo, angustiante... dói!
É como se eu fosse duas pessoas distintas: eu para mim, e eu para os outros.
É duro, muito duro... chega a ser um fardo!
Porque será que ninguém me entende? Ou será que eu mesma não consigo me entender?
Ouço ecos da minha consciência dizendo: "Lascou-se, lascou-se".

Tô passando por uma crise existencial ( ou seria por mais uma?)

Escrevo coisas sem nexo.


Não gosto disso.

Alguém me ajude!

domingo, 9 de agosto de 2009

...


Viva a loucura avessa à sensatez (porque ser sensato sempre pesa)
Viva os amores findados (porque eles que abrem caminho aos novos)
Viva os encontros, desencontros e reencontros!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

"É vida que brota da vida..."


Quando recebi a notícia de que seria 'tia', há 9 meses atrás, tirando todo meu exagero sentimental, fiquei surpresa com o que comecei a perceber em mim, passei a entender o que antes para mim era banal.

Afinal que graça tem ser tia postiça?

É inacreditavelmente gracioso, faz toda a diferença.

Ainda mais quando se trata da filha de uma amiga que você percebeu onde menos esperava. Letícia é nosso presente antecipado, presente de aniversário (meu e seu), presente de Natal, presente da vida!

Tô me sentindo uma pateta, eu realmente não imaginava que poderia sentir tanto amor.

'Por isso o amor mais puro...verdadeiro e TANTO!'


Em tempo: Recuperando esse escrito de 9 meses atrás quando nasceu Letícia, minha sobrinha "postiça", só porque hoje recebi a notícia de que serei tia de outra princesa. Minha amiga Jocasta, lá de Natividade- RJ está esperando uma menininha, e eu como sou a 'tia' mais babona já estou contando os dias para tê-la em meus braços.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009


“Dentro de nós há sempre um demônio que sussurra em nossos ouvidos- ‘ detesto, gosto’”.
Eu, particularmente desejo ser meu único demônio, enquanto os outros se permitem ser endemoniados.
Vivendo no inferno dos outros não os culpo, sei bem o que é isso.
É hipnotizante , reconheço também, a facilidade do inferno alheio.
O livre arbítrio de se poder ir quando se deseja, afinal o surto não é seu mesmo. É mais fácil do que reconhecer-se como o próprio demônio, do que viver seu inferno pessoal.

domingo, 2 de agosto de 2009

"Faz um tempo que eu quis fazer uma canção pra você viver mais..."


O tempo passou para muitos
Para alguns ele simplesmente parou, estacionou no dia em que você se foi
Foi-se sem se despedir, sem nada dizer
De repente apagaram-se as luzes, fecharam as cortinas
Como numa peça na qual o ultimo ato fora encenado
Tudo mudou de cor
O que antes fora um arco- íris multicor se transformara num universo imenso em tons cinza
As flores da primavera caíram ao chão como se as estações do ano tivessem alterado sua rota como nós
Verão?
Mais parece inverno...
'Faz tanto frio, faz tanto tempo...'
Tempo?
Já perdi a noção dele de tanta saudade que sinto
Por que será que agora tá doendo tanto?
Porque não sei por onde andas!
Por onde andas? Sinto saudades!
Por onde andas?
Volta e traz consigo as cores, as flores, os perfumes!
Voltar?
Não é possível!
Então manda de volta tudo aquilo que levaste...
Faça o sol voltar a aquecer, as flores a exalarem suas essencias
Não, não cabe a ti, mas aí dos jardins que escolheste pra fixar morada ajude-me a redescobrir a beleza e luz das estradas azuis
Dê-me força e coragem pra continuar enfrentando as tempetades e as turbulencias dessa travessia
E ao finda-la é chegada a hora de nossos caminhos outra vez se atrevessarem e não mais estarei sem mar, sem ar e sem você!