terça-feira, 29 de setembro de 2009

"Tempo de silêncio e solidão..."



Há dias em que não é preciso nada dizer pois o que se sente transcende as palavras...
É um mix de sentimentos estranhos que se fossem passíveis de tradução certamente poderiam ser assim descritos:

"Tudo é dor. E toda dor vem do desejo de não sentirmos dor."


É bem por aí..

domingo, 27 de setembro de 2009


"E que bom se descobríssemos todos, que o amor não intenta primeiro, ser longevo, mas antes de tudo verdadeiro. Que bom seria, se concordássemos que o amor não tem bula, e que jamais conseguiremos seguir os passos já pisados nesse terreno. E se soubéssemos que o amor e se apaixonar, é um meio e não um fim, e é a ferramenta divina para nos sentirmos em estado de evolução e sanidade? E se aprendêssemos que o amor é a comprovação de que sabemos nada, e que fosse a forma de renascer esquecendo o amor que passou, em forma de aventura, ou sonho, ou vida linda, ou tudo que queríamos? Porque se alguém não nos é recíproco, não cabe sonhar querer. Isso é elementar. Tão elementar como o branco não querer ser negro, ou o tímido não querer ser descolado. Existe um lugar no mundo para cada luz que é dada por Deus. Mudar? Sim. Mas mudamos para o que somos. Ninguém muda para o que não é. Que tal seria se aceitássemos que amar é uma sorte que pode durar a vida inteira sim!, e sem menos importância, pode durar um dia. Do que estamos atrás? Se satisfação ou verdade? Há um beijo que vale mais que uma noite. Há uma noite que vale mais que um mês. Há um mês que vale mais que uma vida. E tudo bem, o jackpot, é que dure uma vida, se o encantamento, maior do que o simples devanear, dure realmente uma vida. Curta como é a vida. Simples como deve ser. Acabo de me esvaziar e me tornar simples ao falar de tudo isso. Findo em me encontrar de novo. Torno a encontrar a simplicidade que esvazia os bolsos e a mente. O que procuramos parece ser simples como ouvir eu te amo e acreditar. O que preenche o coração são verdades que não conseguem deixar dúvidas. E que os olhos sejam sempre a cláusula maior....é que sempre saibamos ler os olhos..."

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Tem certas coisas que eu não sei dizer.

Em tempo: Só porque eu adoro essa música e ela reflete muito do meu estado de espírito.

Metade de mim deseja, outra metade reprime.

Quero, não quero.

Paixão, desejo, fogo que vai e vem.

Tira meu sono, confunde meus instintos.

Insegurança, medo, alegria, paz e emoção tudo ao mesmo tempo num só coração.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

...




Sexo sem amor é desperdício
Tudo com amor é saudável
Não quero apenas um belo homem na minha cama
Busco algo mais...
Quero sexo com amor
Busco a perfeição ( ou pelo menos é o que almejo)
Um homem me conquista muito mais pela astúcia do que pela beleza física
Prefiro Ulysses a Apollo, a inteligência aos músculos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Em tempo: recuperando um escrito de anos atrás, só porque hoje a saudade resolveu fazer-se presente...Senti sua falta mais do que o normal e logo o choro foi inevitável.

Apenas um desabafo...
Ontem, antes de dormir, resolvi anotar na agenda esse triste fato. Era pra ser uma anotação simples, mas comecei a desabafar e só parei quando os soluços me impediram de continuar a escrever...

"16 de Julho de 2005
Perco um amigo amado, adorado.Já perdi as contas de quantas lágrimas derramei, apenas sei que mesmo se secarem todas elas, o vazio, a lacuna, a dor tão grande no meu peito permanecerão...Custa acreditar, meu anjo, que você se foi...pq assim? Pq tão cedo?
É verdade, Deus quer os melhores ao lado Dele. Você é um ser iluminado..quem te conheceu não consegue se conformar com isso..Você, aí de cima, com toda sua luz, todo seu magnetismo e energia positiva, deve estar achando muita graça, né? Tantos amigos chorando por sua ausência e você num lugar maravilhoso, cheio de paz, rodeado por seres iluminados como você... Deve estar feliz, com toda certeza.Perdoe-me, e perdoe também todos que ainda soluçam por sua partida...mas é que dói demais, meu querido, dói demais..
É difícil olhar sua foto, com seu sorriso lindo, contagiante, aquele semblante tão cheio de vida, tão cheio de paz, e simplesmente aceitar que você não mais está entre nós.
Meu coração tá partido, e mesmo que eu consiga recompô-lo, faltará aquele pedacinho...nunca mais estará completo.
Como posso eu, uma garota tão prática, tão racional, tão sensata, ficar nesse estado por um amigo que nunca vi pessoalmente? Que sequer conheço a voz? Aprendi, da forma mais dura que, como dizia a música, “mesmo que o tempo e a distância, digam ‘não’, o que importa é ouvir a voz que vem do coração”, e você está guardado do lado esquerdo do meu peito...pra sempre..Hoje, você, de tanto eu pedir, mandou uma mensagem pra mim...pelo que entendi, você está feliz, está bem...isso conforta, ajuda a amenizar o sofrimento...mas essa pontadinha no coração, esse nó na garganta cada vez que penso em você, tá difícil superar...
Ô, menino...pq tanta pressa de chegar, hein? Pq não esperou mais um pouco...era a sede de viver, não é?Você é uma figura tão especial que até me fez conhecer novos amigos, pessoas maravilhosas, que estão me ajudando muito a passar por esse momento.

Na verdade, estamos unidos numa corrente de oração e amizade, e cada um, à sua maneira, apóia o outro, com todo aquele carinho e atenção tão peculiares a você, que só você sabia dar...Tá muito estranho olhar seu nome na minha lista do msn, sempre ali, off line, sem me cumprimentar com seu “oi amor” e suas exclamações dançantes...sem falar nos scraps, que deixarão muitas saudades..nossa...PQP, Whaty, tá foda isso! Não é possível, por favor me ajude a acordar desse pesadelo! Prometa que vai conectar esta noite, prometa que vai me desejar um “ótimo fds”, prometa que aquele acidente nunca existiu...

Prix , 19/07/2005, 00:15 ”

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Da Solidão (Cecília Meirelles - in "Janela da Alma")
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu desabasse sobre sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Não estamos todos cercados por inúmeros objetos, por infinitas formas da Natureza e o nosso mundo particular não está cheio de lembranças, de sonhos, de raciocínios, de idéias, que impedem uma total solidão?
Tudo é vivo e tudo fala, em redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos aprender a escutar, por muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a esclarecer o nosso próprio mistério. Como aquele sultão Mamude, que entendia a fala dos pássaros, podemos aplicar toda a nossa sensibilidade a esse aparente vazio de solidão: e pouco a pouco nos sentiremos enriquecidos.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos de luz, eloqüência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não só o mais estático dos seus aspectos, mas também o mais comunicável, o mais rico de sugestões, o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos, constituindo, de certo modo, seus espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata logo o olhar, o equilíbrio das linhas, a graça das proporções: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é inábil e desajeitado. Mas não é isso que procuramos, apenas: é o seu sentido íntimo que tentamos discernir. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências que representam, e a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho humano, por infindáveis séculos.
Amemos o que sentimos de nós mesmos, nessas variadas coisas, já que, por egoístas que somos, não sabemos amar senão aquilo em que nos encontramos. Amemos o antigo encantamento dos nossos olhos infantis, quando começavam a descobrir o mundo: as nervuras das madeiras, com seus caminhos de bosques e ondas e horizontes; o desenho dos azulejos; o esmalte das louças; os tranqüilos, metódicos telhados... Amemos o rumor da água que corre, os sons das máquinas, a inquieta voz dos animais, que desejaríamos traduzir.
Tudo palpita em redor de nós, e é como um dever de amor aplicarmos o ouvido, a vista, o coração a essa infinidade de formas naturais ou artificiais que encerram seu segredo, suas memórias, suas silenciosas experiências. A rosa que se despede de si mesma, o espelho onde pousa o nosso rosto, a fronha por onde se desenham os sonhos de quem dorme, tudo, tudo é um mundo com passado, presente, futuro, pelo qual transitamos atentos ou distraídos. Mundo delicado, que não se impõe com violência: que aceita a nossa frivolidade ou o nosso respeito; que espera que o descubramos, sem se anunciar nem pretender prevalecer; que pode ficar para sempre ignorado, sem que por isto deixe de existir; que não faz da sua presença um anúncio exigente. "Estou aqui, estou aqui!" Mas, concentrado em sua essência, só se revela quando os nossos sentidos estão aptos para o descobrirem. E que em silêncio nos oferece sua múltipla companhia, generosa e invisível.
Oh! se vos queixais de solidão humana, prestai atenção, em redor de vós, a essa prestigiosa presença, a essa copiosa linguagem que de tudo transborda, e que conversará convosco interminavelmente .

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Fraqueza.


Desprovida de amor próprio, acostumei-me a viver como seu objeto de prazer. Perdi-me de mim, aceitei e incorporei a condição de vítima.
Tiveste acesso à minha totalidade...entreguei-me por inteira em suas mãos.
Era uma espécie de doença, dependência.
Se instalastes em meu ser como um intruso, me roubastes de mim.
Refém do que senti por ti, aceitava o pouco que me davas, me contentava com suas migalhas de amor.
Dei a volta por cima, livrei-me das amarras que me prendiam... tenho experimentado o amor e seus avessos de uma forma menos dependente, mais saudável.
Cheguei a conclusão de que o amor e a posse estão separados por uma linha tênue, quase imperceptível e que só cabe a mim fazê-las tornar-se um abismo que me distancie cada vez mais de minhas fragilidades.

"Estou podando o meu jardim. Estou cuidando mais de mim..."

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Desejo


Fecho os olhos, paro e penso: - “O que será que você pensa quando está sozinho?”
Me vejo sozinha e também a pensar: -“ Porque não consigo em ti parar de pensar?”
Te olho e te vejo como meus olhos desejam
Me olhas e o mundo se perde a minha volta
Teu olhar hipnotiza e traz consigo um universo de dúvidas e desejos
Doce tormenta que cega os meus sentidos, esquenta minha coluna vertebral, amolece o gingado e me faz queimar por dentro.
Insanos desejos e delírios.
Química, cheiro e pele .
Abro os olhos, respiro fundo, os segundos passam... minha respiração agora está no mesmo ritmo do coração, tudo está perfeito!!!