terça-feira, 2 de março de 2010

Eu adoro ser um trapezista nesse circo escandaloso em que minha vida se transforma. Às vezes estou na corda bamba, às vezes faço papel de palhaço, às vezes rio dos outros palhaços. Tem dias que rio de mim mesmo, e tem dias que enfrento feras e metáforas. Mas vivo sempre lá em cima, trapezista da minha própria existência, bailarino da minha própria esperança. Quase sempre mando que até retirem as redes de proteção para que o risco seja maior que o riso, para que os saltos sejam mais emocionantes e mais altos, para que a aventura seja ainda mais perfeita e mais profunda. E se um dia eu voar de encontro ao chão, isso não terá nenhuma importância maior, porque também viverei a emoção da própria queda. Em nome da vertigem, toda queda tem poesia. Quem cai por amor à vida, cai sempre para cima.
(Edson Marques)

2 comentários:

  1. eitxa... muito massa isso, todo mundo tem um pouquinho de um ser circense.

    confesso que as vezes me sinto assim tb...

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  2. AMEI TUA FORMA DE EXPRESSAR A VIDA ; PARABÉNS

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