quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Não! - Moní Corrêa



Esse coração atentado
Bate feito um danado
Sem ouvir o meu refrão
Quando digo a ele: Não!
Parece um desalmado
Doido louco arrebatado
Faminto enfeitiçado
Sem aceitar o meu: Não!
Esse coração desenfreado
Adocicado meio melado
É na verdade desregrado
Quando não ouve o meu: Não!
Se provocado é tornado
Ventado desgovernado
Desvairado inflamado
Ele recusa o meu: Não!
Faminto vitaminado
Descompassado malvado
Algumas vezes versado
Mas não aceita um: Não!
Esquece que é reformado
Prejudicado esquartejado
Nunca escuta o meu recado
Embora eu diga sempre: Não!
Esse coração debochado
Fica descompassado
E sente-se violado
Quando grito: Não é Não!
Tresloucado, mas amado
Às vezes acabrunhado
Vê-se acarinhado mimado
Sem precisar do refrão
Que repito sempre: Não!
(Não! - Moní Corrêa)




Um comentário:

  1. Num tem aquela parada que te disse de Seymor que foi dar uma palestra no sábado passado?! Ele disse que a diferença do corpo e a cabeça (não esta apenas no tamanho, rsrsr)é que estas tão sempre em contradição. O que o corpo quer a cabeça não quer,e vice e versa. O corpo quer amar, desejar, possuir, e a cabeça diz o contrário, ai nos deixa louc@s.E o que a cabeça quer para nós, o corpo não aceita.. Apesar dos apesares prestei atenção direitinho na palestra..

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