Tem um moço tão bonito na minha frente e o que mais me encanta é ver a alma
de menino quando mergulho nos seus olhos distraídos. Ele pisca pra mim.
Observo. Mira na janela e encaixa as linhas dos objetos que, de inanimados,
não têm nada - só o são restritos a essa imobilidade para quem não enxerga
como esse par de olhos. Ao telefone o moço relaxa no sofá verde musgo,
conversa frivolidades e permanece tão lindo como no início. Tomou café? A
perna ansiosa contando compassos em prestissimo denuncia. E ainda assim,
permanece imutável na beleza de apenas ser. E o é só para mim.
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