Troca.

Às vezes o silêncio faz os olhos fecharem, as mãos adormecerem, a música silenciar, e até mesmo uma lágrima escorrer lentamente pela face. Mas, no silêncio, também podemos encontrar um gesto de partilha (nem que seja o último).
Isso se chama doar em perfeita sintonia, entre quem recebe e quem dá.

Da arte de se reinventar.

A arte de “prever”, de ter um desses estalos ou feixes de luz geralmente requer experiências, más escolhas, surpresas- nem sempre agradáveis. Somos, muitas vezes enlaçados por visões que não queriamos ter, mas como cacos quebrados podemos nos ferir ou jogá-los num lixo bem escondido, ou fazer mosaicos.

...

"Eu tirei o dia pra dizer coisas sem sentido, sem sentido...sem sentir dor."

Quando a saudade aperta.

Tenho sentido saudade de tanta gente! Gente especial a mim. Gente que me faz uma falta danada. Bom é que, apesar de minha ausência, sinto de longe a vibração da amizade me fortalecendo. E sou feliz demais e agradecida por isso!

Corações abertos à vida! Essa é a função do coração: estar disponível à vida e deixar entrar os que desejam fazê-lo feliz!

Agradecimento.

Privilégio caminhar tão próximo de você, mesmo assim, tão longe. Privilégio mesclar à minha, sua forma tão sua de olhar as coisas. Obrigado pela sua coragem, pela sua inteligência, pela sua força e pela sua beleza. Obrigado por sua resistência. Obrigado pela sua existência.

Da morte.

O que nos resta diante da morte brutal de um amigo?
Impotência, sobretudo.
Certeza de que nada que se faça poderia fazer com que o tempo não apenas parasse, mas voltasse atrás e nos desse mais uma vez. Infelizmente esse é o momento em que você para e quer que o tempo volte.
Mas o tempo, ah o tempo...ele é o senhor da vida e como ele é cruel.
Fica a sensação de impotência, apenas. E a essa traiçoeira soma-se o vazio.
Lamentável, triste... não existem palavras que possam descrever a lacuna deixada com sua partida precoce. Tentar buscar respostas não a trará de volta e não diminuirá a dor que sentimos.  Que Lara encontre a paz...e que a gente aprenda a conviver com a saudade...

"Eu quero tudo que dá e passa (...)"

Passa tempo, passatempo, passa! E que seja lindo todo esse tempo passar...

 

Do nada.

Há mesmo um momento em que só o silêncio nos cerca, não o dos sons, mas o de toda a manifestação de presença, o da sensação de companhia, o da própria vida se calando em sons, cores, pessoas, saídas, afazeres...
E nossos sentidos e alma só nos dizem, nada, nada!
Nada: coisa alguma, nenhuma coisa (por oposição a tudo).
É assim que estou hoje: NADA de humor, NADA a dizer, NADA a fazer...NADA... Simplesmente NADA!
 

Sensações

Cá estou, sozinha
Somos eu e meus pensamentos
Pensamentos soltos
Pensamentos que voam
Voam e se perdem no infinito como se asas tivessem
Pensamentos que me atormentam
Atormentam e me deixam sem palavras
Palavras que me prendem e me fazem sentir
Sentimentos que paralizam
Paralizam?
Agora sinto dor
Uma dor daquelas que te tiram o chão
Dói
Dor
Dormente

Ps.: Fazia tempo que eu não escrevia. Daí então bateu isso na minha cabeça e eu resolvi postar. Quero voltar com minhas ideias. Preciso fazer as pazes com as palavras! Escrever me acalma, me deixa leve...
Ps2: Mais um daqueles textos desconexos (pra variar)

(...)

Que caminho seguir quando tudo está nublado e a vida te aponta muitos motivos para se alargar sorrisos?

Hediondo: Estupro coletivo

No último dia 12 de fevereiro um crime bárbaro chocou a pacata Queimadas -PB. Uma festa de aniversário tornou-se palco de uma bárbarie. O cenário: convidadas selecionadas, algemas e cordas compradas, um falso assalto e o estupro coletivo. O crime fora minunciosamente planejado e executado por dez homens, entre eles 3 menores.

Das sete mulheres presentes na festa apenas duas não foram vítimas da violência sexual.Para não levantar suspeita, esposas dos criminosos estariam presentes e poderiam, mais tarde, testemunhar que foram vítimas de um assalto. Cinco mulheres tiveram seus corpos e suas dignidades violados.

Isabella Pajuçara e Michele Domingues, duas das vítimas, reconheceram seus algozes e por isso foram condenadas à morte.

Segundo a polícia em depoimento um dos suspeitos revela os pedidos desesperados de Isabela: "Tanto que eu fiz por você! Não faça isso não! Pare, minha mãe não aguenta isso não”.

Não podemos nos calar diante de tanta violência!Para que nenhuma mãe tenha que chorar a morte de uma filha...para que nenhuma mulher tenha seu corpo violado... quem silencia é conivente e coninvência é CRIME!]